quarta-feira, 22 de julho de 2009

Será a Verdade Verde?


“…a grande mentira é dizer que os derivados do petróleo tem os dias contados, porque as reservas estão a chegar ao fim e porque os motores de combustão interna emitem demasiada poluição. Nada disso é verdade! É tudo uma grande mentira para justificar gastos de milhões em tecnologias completamente inúteis. Tudo isto porque é o melhor para o marketing e, pior ainda, para os políticos. Todos querem fazer parecer que estão muito preocupados com a ecologia, com o futuro do planeta e toda essa treta. Mas a única coisa que os preocupa é a imagem, os votos…Os carros híbridos, os carros eléctricos, são muito mais poluentes que os carros mais modernos a gasolina e gasóleo. Por duas razões simples: a primeira tem a ver com o custo de energia para fabricar esses carros e em particular as baterias. O segundo é o custo da energia para os reciclar em fim de vida. Não se pode considerar apenas os gases que saem dos escapes automóveis e medir isso. Se o objectivo é mesmo reduzir os gases emitidos no planeta, então temos de ter em conta os que são emitidos nas centrais de produção de energia eléctrica. Grande parte destas centrais ainda trabalha com a queima de combustíveis fósseis e isto não vai mudar tão depressa. É essa energia que é gasta nas linhas de produção dos carros eléctricos, que exigem mais horas de trabalho que os carros a gasolina ou gasóleo. É também essa energia que carrega as baterias dos carros eléctricos. Por isso, quando se diz que os carros eléctricos têm emissões zero, isto é uma grande mentira. A verdade é que os carros eléctricos não emitem poluição, mas a poluição gerada para os produzir e para produzir a energia eléctrica que consomem é muito superior à soma da energia gasta para fazer um carro com um motor de combustão e o seu consumo.
…O gás natural tem menos energia que a gasolina ou o gasóleo e é mais barato por razões politicas. Os bio-combustíveis só funcionam no país das maravilhas. Era preciso que a recolha de resíduos florestais pudesse ser feita de forma barata e em quantidade. Há países em que nem se quer há área de floresta suficiente…Já reparou que não houve ninguém falar da poluição gerada pela indústria, ou por outros meios de transporte como os aviões?” (extraído de Automagazine Julho 2009) .
Estes texto suscita inúmeras questões entre as quais: Já pensou que com a desvalorização da importância do petróleo na economia mundial serão os “donos” da energia que ditarão as novas leis de marcado? Estamos a falar de números que os interessados gostariam de ter na mão , sejam quais forem as alternativas para lá chegar ?
O que é verdade?

1 comentário:

Radical Riders disse...

Em grande parte este artigo tem razão. Efectivamente não são considerados os custos ambientais a montante da utilização dos veículos eléctricos e como muito bem salientam o problema com a produção e destruição das baterias em fim de vida é de extrema gravidade.
No entanto estou convencido de que passada esta fase de demagogia e euforia inicial em torno dos veículos eléctricos esse problema será resolvido. Hoje em dia existe já uma capacidade de reciclagem instalada, nomeadamente para as baterias de Chumbo que leva a que mais de noventa por cento do metal utilizado seja incorporado em novas baterias.
Neste momento a preocupação pende mais para o evitar de consumir energia fóssil, que embora não esteja em risco de se esgotar nos próximos anos, apresenta cada vez maiores custos de produção.
Os poços estão a ser cada vez fundos e já se está a recorrer às lamas de algumas jazidas para a produção de petróleo naturalmente com menos qualidade e com custos de produção muito mais elevados.
Estou convencido de que o preço de petróleo vai baixar, e muito, logo que o consumo de energias alternativas comece a causar algum impacto no panorama global.
Nessa altura os países produtores vão querer desequilibrar a balança em seu favor e assim condicionar a indústria, sobretudo a automóvel, tentando-os a apostar na produção de veículos a combustão interna, muito mais baratos de produzir e com menores custos de utilização.
Se repararmos bem nos sinais poderemos constatar que há fabricantes conscientes disso e apostam, embora marginalmente, no desenvolvimento desse tipo de soluções.
No que diz respeito aos veículos híbridos é muito fácil desmontar a falácia da poupança de energia e custo de utilização, basta comparar os consumos obtidos com esses veículos e alguns convencionais do próprio fabricante...